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terça-feira, 30 de setembro de 2014

FITORREMEDIAÇÃO



A Fitorremediação é uma tecnologia onde se usa plantas para minimizar poluentes do meio ambiente. Tais plantas auxiliam na remoção de contaminantes como metais, pesticidas  e até óleos do ambiente ou local degradado. Uma vez que as plantas removem estes contaminantes do ambiente, elas ajudam para que os mesmos não sejam transportados por vento e chuva, não deixando acontecer a dispersão do poluente para outras áreas.

a fitorremediação é uma ferramenta no avanço da biotecnologia que busca minimizar os efeitos antropogênicos em solos e em corpos aquáticos. É viável, pois se comparada com outras técnicas de remoção de contaminantes é menos invasiva e de baixo custo econômico, possuindo muitas vantagens e diversas aplicações para diversos contaminantes.


O Capim Vetiver na Fitorremediação:


O vetiver é uma planta xerófita e hidrófita e uma vez estabelecida na área não é afetada por secas e inundações. Suas características no tratamento de áreas contaminadas são:
  • Tolerância á acidez e níveis altos de alumínio e magnésio. O crescimento e desenvolvimento do vetiver não são comprometidos em condições extrema de acidez (pH até 3) e com alta porcentagem de saturação de alumínio de 68%. Pode tolerar níveis altos de magnésio no solo, acima de 578 mg/kg;
  • Tolerância á altos níveis de salinidade;
  • Crescimento em solos sódicos (saturação por sódio) desde que haja disponibilidade de níveis adequados de N e P;
  • Tolerância á metais pesados: As, Cd, Cr,Cu, Hg, Ni, Pb, Se e Zn.

Apenas 1% dos elementos Cd, Cr , Hg e 16% a 33% dos elementos Cu, Pb, Ni e Se são translocados para a parte aérea. O elemento Zn possui boa distribuição ao longo da planta.
Essas extraordinárias características fazem o vetiver ser utilizado na reabilitação de áreas contaminadas na Austrália, no Chile, na África do Sul e na Venezuela.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Uso do Sistema Vetiver na estabilização de taludes de rodovias, proteção de drenagens e áreas marginais.

Experiências internacionais demonstram que o uso do Sistema Vetiver, tem se revelado muito eficaz e de baixo custo na estabilização de taludes de cortes e aterros de rodovias, na proteção de estruturas de drenagem e das áreas em que as águas pluviais são despejadas. Os taludes de cortes e aterros são muitas vezes importantes fontes de sedimentos liberados por erosão que promovem o assoreamento em bacias hidrográficas. A chave para o sucesso é uma boa qualidade do material de plantio e a técnica adequada de aplicação no local.

As barreiras formadas pelo vetiver não são impermeáveis, controlando assim a velocidade de escoamento da água na superfície do terreno e suas raízes, resistentes e profundas, ajudam na estabilização do solo, evitando a formação de sulcos, ravinas e voçorocas com consequente perda do solo e assoreamento de drenagens.

Veja a seguir uma sequência de fotos obtidas do site www.vetiver.org que mostram resultados de sucesso do uso do Sistema Vetiver na proteção de obra rodoviária contra processos erosivos e de assoreamentos em diferentes países.


Austrália:

Foto 01: Taludes á margem de rodovia antes da implantação do capim vetiver.
Foto 02: Talude á margem de rodovia após um ano da implantação do capim vetiver.

Foto 03: Taludes de aterro íngremes na passagem de bueiro duplo antes da aplicação do capim vetiver.


Foto 04: Taludes de aterro íngremes na passagem de bueiro duplo após oito meses da aplicação do capim vetiver.



Vietnã: 

Foto 05: Talude de corte instáveis antes da implantação do capim vetiver.
Foto 06: Taludes de corte um ano após a implantação do capim vetiver.



Filipinas:

Foto 07: Taludes de corte estabilizados com o sistema vetiver.

Conclui-se que o capim vetiver e seu sistema de aplicação na estabilização de taludes e recuperação de passivos ambientais causados por estradas, mostra-se uma importante alternativa de controle dos solos aos processos erosivos e de estabilização de taludes, com baixo custo de implantação e manutenção, alta eficiência e grande potencial de aplicação  no Brasil.

Estudo realizado pela Defesa Civil do Espírito Santo.